Ter a coragem de subir em um palanque e enfrentar uma enorme plateia não é para qualquer um. Alguns não se veem fazendo tal proeza, outros têm facilidades e há alguns que se preparam por anos. Seja para enganar os telespectadores ou até para transmitir algum tipo de emoção, a relação entre palco e plateia, palestrante e ouvinte é muito estreita.
Passar 9 meses ensaiando uma peça, se emocionando, rindo, chorando e até se estressando com os colegas ajuda a obter um ótimo resultado ao final, quando o acúmulo de todos fardos se explodem em forma de arte. O lugar onde a magia ou a enganação acontece, o palco! Onde a Deusa da arte habita, o mágico acontece e os artistas podem ser eles mesmo sem a máscara da realidade. Palco onde o palestrante expõe seu conhecimento, o político promete o que não deveria, o julgado é enforcado, enfim, lugar para se expor algo, seja bom ou ruim.
Lá é o refúgio dos tímidos e a cocaína dos viciados em se expor, há alguns que não vivem sem ele, outros que se afastam, mas ouvi relatos de que quem pisa uma vez não quer mais sair. Sente o gosto da estreia e senti na pele a vaidade, vaidade de querer aparecer de ser ouvido e de mostrar um outro lado oculto. Palco! refúgio dos aprisionados.
E o que marca a transição o indivíduo e sua sobreposição é a plateia. Que dá todo suporte e faz o palco ter algum significado, os dois se complementam como se fosse um casal e os frutos dessa união são a plateia e palestrante. A quarta parede não existe e sim a grande união de pedaços que formam um lindo conjunto.
