A comédia que é o coração

11/11/2011 23:42

 

A comédia que é o coração

 

Coração é uma coisa engraçada mesmo, né? Quando você mais acha que está vacinado...”Eu não me apaixono mais, quero curtir a solteirice”....é quando você se surpreende, Deus te sacaneia, manda aquela pessoa e como numa pegadinha da TV,  é quando você se dá conta já está completamente apegado.

Adoro histórias como: ’’ Acabei um namoro há 1 mês e nunca mais vou namorar um cara sem dinheiro e que tenha uma profissão complicado, como o meu ex que era músico e trabalhava aos sábados e domingos’’. Aí a pessoa em questão se apaixona por um DJ, que teoricamente é a mesma situação do músico. E dá certo, nem brigam por isso.

Ou aquela ladainha. ‘’Namorei um cara que tinha terminado namoro. Ficou comigo 8 meses. 8 lindos e intensos meses. Do nada ele terminou pra voltar com a ex. Agora, só namoro se ele estiver bem resolvido, relacionamentos anteriores acabados há um tempo’’. Aí a  criatura encontra um cara que terminou a semana passada com a ex e já se imagina no altar.

O coração é meio bobo. Ou a nossa mente, não se bemi. A gente tenta se enganar. Fica achando que manda no sentimento. A gente até acha por um tempo.

Já vi um caso assim: a menina acabou um relacionamento de 6 anos. Ela era apaixonada pelo cara que não dava a mínima pra ela e não tinha onde cair morto. Ela separou e focou: caras apaixonados e com grana. E achou, alguns até. Via os caras, bonitos, com cargos bons. Um trabalhava na bolsa de valores. Ganhava muito bem, muito bem mesmo. A vida resolvida e trabalhava muito para conseguir tudo o que tinha, portanto, batalhador, característica que ela admirava. O cara ia buscá-la em casa e abria a porta do carro. Buscava, pasmem, de BMW. Trazia flores e pagava TODAS as contas. Quem não ia querer alguém assim, não é mesmo? Só que beijava e a química não vinha. Vamos tentar o sexo, então. O cara encostava e nada acontecia. Ela arrumou mil defeitos: ah não gosto de magrelos, barbudos e cabeludos. O próximo era barbudo, cabeludo, e magro, muito magro. Muito pobre. Não tinha carro e vivia de bicos. Mas a química...ah que química. Vai explicar. Hoje está casada com ele. E não vive mal, colocou o cara nos eixos.

Ninguém explica essa coisa de pele. Acho que quando tem pele, podemos até ficar em casa pensando ‘’ah hoje dou o fora nele, não dá, é pobre, sem ambição, careca, baixinho, etc etc etc’’, mas, quando você encontrar a pessoa vai esquecer tudo. Quando tem um beijo bom, qualquer defeito vai ralo abaixo.

 

Luciana Garcia

Diga o que você pensa sobre "A comédia que é o coração":

Nenhum comentário foi encontrado.

Novo comentário