O imundo mundo corporativo

04/11/2011 21:19

 

O imundo mundo corporativo

 

Caro leitor, hoje seria um dia de puro desabafo se eu fosse seguir meus instintos. Conviver no mundo corporativo não é fácil e escrever sobre os fatos dentro de uma empresa poderia virar um livro. Mas, caro leitor, sei que vocês não acessam essa página para ler desabafos de uma colunista desiludida, então, vamos transformar “imprevistos” organizacionais em algo um texto de utilidade pública e mais, de alerta para quem vive nesse universo.

Aposto 100 reais com cada um de vocês, que todos já se depararam com todos os tipos que cito em meus textos. E nesse não será diferente.

Você que trabalha em empresa, seja ela grande ou menor, se depara a cada dia com situações inusitadas. E, na minha opinião, a maioria delas está ligada ao fato de alguns trabalhadores quererem de qualquer jeito serem promovidos ou crescerem na empresa. E nem sempre essas pessoas conseguem essa artimanha apenas com suas aptidões e qualidades. Quando isso acontece, o caráter ou a falta de é que vai determinar os métodos para “se chegar lá”.

Não precisa ir longe. Basta um gerente pedir demissão. São 15 neguinhos que ficam em cima da vaga como urubu na carniça. Lambem até os lábios. Aí é uma luta livre sem as mãos. Vale pra alguns, não aqui fazendo o papel da pseudo-honesta, mas vejo isso como uma das coisas mais podres do ser humano.

Enfim, em meio a essa guerra fria, sem armas físicas, destacamos algumas personalidades.

Tem sempre aquele que começa a reclamar da empresa “ta vendo.. queremos crescer e não conseguimos, eles não dão chances, a diretoria só pensa nela”. Esse cara vai reclamar e reclamar. Na verdade ele quer que você reclame também, que você o acompanhe. Isso enfraquece o adversário. Aquela energia que você terá, a energia da reclamação, irá te afastar do tão cobiçado cargo. Aí você me pergunta: Ta, mas e a energia dele, não está ruim também? . A resposta é não! Ele já se protegeu quanto a isso.

 

Aí tem aquele que vai falar mal do que saiu. Claro, tem muita gente que usa essa tática sempre, no dia a dia. São pessoas que não tem qualidades e precisam diminuir as qualidades alheias. Isso é lamentável.

 

Tem outros que começam a almoçar com pessoas estratégicas. Ou os diretores, quando há possibilidades ou com pessoas mais antigas de empresa, que podem ajudar em alguma decisão. Esses, dependendo do grau de interesse na vaga, são capazes de levar maçãs para os mais influentes. Tipo escola mesmo.

Tem outras que esperam todos chegarem no escritório para, em tom de brincadeira, arrumar um defeito para seu maior concorrente. Já vi pessoas tirando um sarro falando que o coleguinha é distraído porque fuma maconha, que tem jeito de hippie (para mostrar que ele não tem seriedade para o cargo), que é desorganizado. E ele fala brincando, mas fala em público e repete muito muito muito, até a brincadeira virar verdade e alguém falar “nossa, mas fulano fuma maconha mesmo? não parece” aí o espertalhão vai falar “ah eu brinco, mas vai saber né”. Pronto, uma brincadeira ferrou a vida do cara.

O incrível é que tem gente que é tudo isso junto! Na verdade, gostaria de saber se ele vai chegar a algum lugar. Tenho medo disso, pois me faz refletir muito. Será que o mundo é assim? Será que só as empresas são assim? Será que esses que jogam o jogo sujo chegam a algum lugar, e mais, conseguem manter esse lugar? Ou será que só esses que jogam o jogo corporativo realmente chegam a algum lugar?

Não sei. Só sei que preciso descobrir isso logo. Pois se pra crescer tenho que usar algum método acima, ficarei onde estou pro resto da vida e preciso arrumar outra forma de sobrevivência.

 

Luciana Garcia

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