Geração Tudo e Nada

Geração Tudo e Nada

 

Geração Tudo e Nada
 
   Puxa vida, mais uma edição das Olimpíadas e com vários recordes quebrados, segundos a menos dos recordes anteriores, e são jovens “estrelas” ganhando ouro e os de 25 ganhando a medalha de prata. Puxa vida, imagina se quebrarem os recordes na próxima olimpíada, e na próxima, e na próxima e na próxima... A impressão que dá é que um dia alguém ainda irá nadar 100 metros em cinco segundos ou correr 100 metros em três segundos.
   Sensacional, estamos nos evoluindo em super-humanos então? Pelo outro lado vejo esse monte de zumbis caminhando com o celular em mãos por ai... Poxa, então 5% da população está se tornando em uma evolução genética enquanto os outros 95% estão “bundando” por ai?
   É isso mesmo, sem erro! Temos tecnologia de sobra para melhor a condição de vida em mil por cento, mas ter aquele aplicativo novo do Facebook é tão mais legal do quer ter uma “super-condição”. Já foi comprovado em estudos científicos que algumas crianças possuem menor quantidades de movimentos que algumas crianças à 5 anos atrás. Por quê? Porque criança nenhuma mais sobe em árvore e nem brinca de polícia e ladrão, hoje em dia elas ficam horas sentadas na frente de uma tela, sendo expostas ao mundo e se expondo a ele e tudo ao alcance de um simples clique.
   Esta é a geração “Tudo e Nada”, têm todos os recursos para dar certo e não fazem nada, ficam condicionados em suas vidas fechadas e iguais, sem mudar nada durante 50 anos. Alguns irão dizer que os jogos e a internet revolucionaram a comunicação e desenvolvem a mente, mas de nada adianta se ninguém sabe usar isto da maneira correta e séria.
   Que beleza, ou melhor, que droga! Quero nem ver os novos jogos, os novos aplicativos e as novas tecnologias. Estamos trocando a nossa vida natural por uma vida cibernética, falsa e fictícia. Daqui a pouco colocam jogos de computador como esporte oficial das olimpíadas.
   Não é mole, futuramente serão poucos os espetos que ganharão muito dinheiro dos zumbis cibernéticos e raríssimos os que viverão de fato a vida. 
 
Rafael Sani