O show da vida

   Quantos pesadelos temos durante a vida, sejam eles em sonho ou em realidade? Nunca prevemos os horrores que a vida pode trazer. Mas hoje eu não vim falar de pesadelo, vim falar de sonho, sonho dos bons.

   Da mesma forma que acontece quando dormimos, nem sempre sabemos como chegamos a tal lugar, nem quem são aquelas pessoas, sabemos apenas que estamos lá. Às vezes, acordamos na melhor parte do sonho.

   Algumas vezes, vivemos um sonho sem ter sonhado antes, são raras as vezes que percebemos antes que ele termine, mas são estes sonhos que levamos para toda a nossa vida e guardamos dentro de nós, não na cabeça onde é fácil de lembrar, mas sim no coração, onde é difícil de esquecer.

   Dia 25 de Setembro, um sonho de sete meses chega ao fim para começar outro logo mais. A Dança dos Signos pode ter terminado, mas A Dança da Vida continua e seguiremos com os importantes aprendizados de como se fazer uma sombra de caranguejo, ou a forma de um escorpião, coisas que, no curriculum, pode impressionar a qualquer um.

   O grupo que se formou, as amizades que se fizeram e até amores encontrados, tudo isto não poderia deixar de fazer parte de um ciclo vital para a  compreensão de nós mesmos.

   Existe uma frase que é: “A vida é um barco para poucos e nem todos podemos trazer conosco”. Eu acho isto uma imbecilidade, pois não há como apagar tudo isto de nossos corações, levamos, não tudo, mas apenas um pedacinho de cada um dentro de nós, para sempre e são estes pedacinhos que compõe o nosso futuro caráter.

   O show da vida aconteceu, um sonho foi realizado e vivido, sem mesmo perceber que estava acontecendo. Eu gostaria de agradecer a todos do elenco de A Dança dos Signos 2011, de coração, vamos deixar a filosofia de lado, a psicologia de lado e sejamos direto ao ponto, EU AMO TODOS VOCÊS! A cada lágrima derrubada, oitocentas gargalhadas aconteciam, a cada pontinho de tristeza, um mundo de energia e felicidade rondava sem medo, a cada erro em cena, quatrocentos aplausos vindos dos corações que agitávamos na plateia.

   Um sonho pode até ter acabado com a peça, mas a eternidade que se formou dentro de nós, isto ninguém pode tirar, é nosso e é para sempre.

Rafael Sani