Prisão cerebral

Prisão cerebral

 

Prisão cerebral
 
   Evitar correr na direção errada é correr contra si próprio, deixar de provar um gosto estranho ou diferente é renunciar a vida. Sempre seguimos uma regra da sociedade que nos limita, arranca nossos desejos e que nos afasta cada vez mais do nosso eu. Cair na rotina é deixar a vida definhar, trancar os olhos e não enxergar os próximos dez passos, é não ter perspectiva de futuro.
   Quando crianças só brincávamos, vivíamos num mundo perfeito ou quase, estávamos sempre num mundo de fantasias, sem obrigações, sem preocupações. Mal sabíamos o que nos aguardava, uma sociedade um tanto quanto cruel. Tendemos a esquecer de nós mesmos, é preciso haver cuidado pra não nos transformarmos em máquinas, passar dia após dia na mesma rotina chata e assassina de cérebros. Temos que parar e olhar um pouco mais para nosso interior. Trabalhar é fundamental, estudar mais ainda. É necessário alimentar o cérebro, ter um olhar crítico, primeiramente em sossos atos.
   A sociedade capitalista tende a comer os sentimentos de alguns de nós. Viver em função de dinheiro é esquecer que somos pessoas, que necessitamos também de algo além. Não dar valor as pequenas coisas que nos fazem felizes, é deixar a vida passar sem o mínimo respeito a si próprio. Tanta canalhice ao redor do mundo, o fazendo ficar podre. Estamos a caminho do buraco. Porém cada um de nós, tem o poder e o dever de mudar isso, primeiramente devemos salvar nossas vidas e nossa rotina, abrindo a mente para nos enxergar, mudar hábitos destrutivos, para enfim ampliar, olhar para nosso semelhante e por fim entender o mundo em nossa volta.
   Somos pequenas peças de um tabuleiro, não devemos temer ao dar um passo firme, arriscar faz bem. Adormecer e permanecer na zona de conforto, destrói o intelectual. As correntes não devem dominar nossas mentes, deixem os desejos fluírem, desliguem as máquinas que habitam seus corpos, escutem suas mentes, abram a emoção.

 

Marcelo Luiz