Ali o vento passa, levando a poeira do luto,
Passa e arrasta pequenas sementes que poderiam se fixar na terra úmida
Já não sabemos do futuro, nem do agora, mas as raízes não crescerão, a menos que sejam cuidadosamente cultivadas.
Longe da ventania, a cidade segue sua rotina agitada
E afasta qualquer possibilidade de laço
Multidão vazia, peito aberto.
Só o vento dança entre nós
Empurrando os dias e levando as noites
Pra longe daqui.
Thais Petranski