Vivendo como...
Sou quem? Vivo onde? Agonias de mente rondam a cabeça. A química ainda não decifrada pela ciência entra em meu sangue. Durmo embaixo dos corações partidos e faço arte com os quebrados, os completos me fascinam, mas não os encontro em lugar algum. O que acontece comigo? No que eu me transformei, no que sou, no que eu era?
Como o mar, como a lua, como a noite, como tudo aquilo que é natural e perfeito em sua simplicidade, eu escrevo. Transformo pensamento em rima, vontades em personagens e sorrisos em poesias. Da mesma forma que a natureza escreve na alma de cada ser sábio, os escritores escrevem na alma de cada bom leitor.
Peço para que decifrem minhas metáforas, vejam minhas memórias e sintam, com a mesma intensidade leve e avassaladora de dizer “eu te amo”, as imagens e formas malucas que descrevo em minhas criações.
Se Deus é criador de vida e universos, não seriam os criadores os mais próximos da divindade? Já escrevi uma vez ”O tamanho do Universo é o mesmo que o da mente”, se já criei universos inteiros em minha mente, frutos de puro amor e sabedoria, não seria esta a forma mis divina de viver? Não estou dizendo que me comparo a Deus, apenas que assopro criações ao vento e faço explosões de vidas inteiras assim como ele. É algo em comum.
Hoje é dia do ESCRITOR, dia ocultado de conhecimento popular, mas tão belo e puro como o beijo que um beija-flor dá em uma flor de verão. A todos os escritores, a todos aqueles que já escreveram uma vez na vida, aos criadores de qualquer coisa, artistas e tudo mais o que possamos imaginar, eu desejo e digo:
“Vivendo como poeta, dançando como escritor, falando como colunista, pensando como criador. Sejamos claros em criações e que nossas mentes sejam como uma flor-de-lótus, como uma fênix, como a noite e o dia, como um trapezista, que, ainda desafiando a morte a cada salto, há tanta luz e vontade de viver que a morte não chega nem perto. Sejamos livres nos pensamentos, pois é o único lugar onde possuímos a liberdade em sua eterna pureza, firmes nas palavras e divinos em nossas vidas.”
Rafael Sani