Sol

Desejei tuas respostas infinitamente

Dia após dia elas se minimizaram até sumirem de vez

Tentei ouvir teu silêncio, mas, nada me dizia.

 

Nada para mim. Nenhum plano, nenhum querer

Só a distância elevada ao cubo.

 

Sem tempo, sem amor

Sem atenção, sem sementes vivas.

 

Saudade do sol da primavera,

Da voz pausada

Do seu riso ligeiramente torto

 

Tudo são só palavras agora, mudas e invisíveis

Que só queriam voltar à vida para dizer

Que sua mudez ainda é o que deixei

Naquela manhã fria de novembro. 

 

Thais Petranski