Museu no quarto das cores perdidas
Entre rostos congelados e sorridentes
Quadros pendurados, pintados, empoeirados.
Cores encontradas no fundo da lembrança
Derramadas entre o pano e o concreto
Pedaço de rocha colorido se mantém:
Enumerado, imóvel e vermelho.
Cópias quase perfeitas da terra distante
Que se espalhou pelo corpo árido
Semente rara que quer voar.
E voando acaba perdida na casa amarela ou azul
Longe daqui, de lá. Em lugar nenhum.
Acaba presa na terra de sempre
Desejando a liberdade de trocar de cor.
Thais Petranski