"Pessoas com vidas interessantes não têm fricote. Elas trocam de cidade. Investem em projetos sem garantia. Interessam-se por gente que é o oposto delas. Pedem demissão sem ter outro emprego em vista. Aceitam um convite para fazer o que nunca fizeram. Estão dispostas a mudar de cor preferida, de prato predileto. Começam do zero inúmeras vezes. Não se assustam com a passagem do tempo. Sobem no palco, tosam o cabelo, fazem loucuras por amor, compram passagens só de ida.
Para os rotuladores de plantão, um bando de inconseqüentes. Ou artistas, o que dá no mesmo. Ter uma vida interessante não é prerrogativa de uma classe. É acessível a médicos, donas de casa, operadores de telemarketing, professoras, fiscais da Receita, ascensoristas. "
Este, é um trecho do livro Doidas e Santas de Martha Medeiros, que andou circulando pelas redes sociais recentemente. É ótimo porque é simples e diz tudo. Nos faz pensar em como não escrevemos isso antes se era exatamente o que queríamos falar? A simplicidade da escrita cutuca quem lê, a ponto de fazer questionar o quão interessante pode ser uma vida e o que se pode fazer para transformá-la.
Minha nova queridinha. Busco mais inspiração em suas palavras justamente nesta fase "mente branca", preguiçosa e sem inspiração. Vida interessante é faser a vida de alguém interessante, mesmo que com um único parágrafo.
Justamente o que fazemos aqui no incomodese.com :)