Una favola della vita

 

   O Sol brilhava, e ela também, sobre a água cristalina, ela dançava e conduzia a beleza em todo o seu ser. Dona e rainha de si mesma. Enquanto eu a observava, ela apenas dançava sua própria dança, flutuando sobre a água e fazendo a luz do Sol se intensificar cada vez mais. Misteriosa tal relação e ao mesmo tempo clara, ela amava o sol pela sua luz intensa e ele a amava pelo seu brilho interior que era maior do que uma estrela.
   A terra jamais ficará sem o brilho do sol, sempre iluminada e com o céu azul, árvores verdes e outras já floridas, a grama, de tão verde, refletia o brilho do sol e parecia que tudo estava no seu estado mais perfeito possível. Tudo combinava, tudo parecia ser puro e belo, meu manto branco me camuflava com tanta luz vindas de todas as direções, logo nunca fui percebido, nunca mostrei-me a ela, porém ela dizia para o Sol que queria me conhecer, mas por quê? Quem gostaria de conhecer alguém como eu? Imprevisível, temido por uns e adorado por outros, não controlo a sorte muito menos o destino.
   Ela sim, todos queriam conhecê-la, famosa no reino por seu brilho, alguns até diziam que ela era iria tomar um lugar importante no céu, mas eu de nada sabia. Estrela sim, mas era feita para brilhar aqui e não lá. Não sei ao certo, mas que era bonito de se ver tanta harmonia dentro de uma mulher só, era sim.  
   Até acho que eu tinha medo dela, será mesmo que eu seria quem ela mais procurava? Não tinha como saber com certeza, mas era o que o Sol dizia e ele não mente, pelo menos nunca mentiu para mim, seu fiel companheiro. Desde o inicio, fui criado para ser dependente do Sol, sem ele eu não existo, mas sem ele, ela existia. Existia para mim, existia para todos e até mesmo para o Sol, sem ela, ele não existia.
   Ela parecia nunca se cansar, sempre dançava, fosse no meio das árvores, no meio dos lagos, no meios dos gramados, estava sempre sorridente, alegre, bela, parecia flutuar e nunca tocar o chão de tanta leveza, seu corpo possuía abundancia em beleza, era mesmo uma rainha, parecia ser milagre todas as vezes que a olhávamos de tão bonito que era de se ver. Os pássaros da floresta eram sortudos, recebiam carinho das mãos da dama todas as horas, eles até pareciam se arrepiar de tanta ternura, suas mão tão delicadas e perfeitas, como eu queria ser um dos pássaros.
   O Sol um dia foi sacana, armou para nós dois uma surpresa, ele me chamou de canto e tirou meu manto branco que me camuflava, ela então me viu, pela primeira vez eu a vi com vergonha e tímida, foi estranho e até engraçado, eu era novidade para ela, mas ela não era novidade para mim, pelo contrario, a conhecia muito bem de tanto observá-la.
   Passado alguns minutos de troca intensa de olhares, eu me aproximei, ela ficou imóvel e ao mesmo tempo com um olhar de ternura, parecia estar estranhamente apaixonada por mim, mas por quê? O que eu tinha feito para receber o amor de tal dama, tão bela e formosa. Ela me abraçou forte, como nunca alguém tinha feito, senti então o poder em minhas mãos, uma escolha da qual o Sol reservou unicamente para mim. Eu poderia perdê-la por algum tempo, mas ela sempre estaria dentro de mim, ela sempre faria parte de mim. Docemente me pediu para tomar a decisão e de tanta ternura, cedi. Realizei o desejo dela, o mais profundo de todos, ela seria  parte de mim, ela então viu uma luz. Nasceu. Uma linda mulher tinha dado à luz a outra linda mulher, uma futura dama, dona de meu coração para sempre e até o seu ciclo terminar.
   Ela me pediu por tudo aquilo que não conhecia, me pediu por medo, insegurança, luta, fazes e dúvidas. Corajosa em aceitar a vida, em querer provar o gostinho dos obstáculos outra vez. Essa mulher me encantou, agora bebê, ela continua a me encantar e algumas vezes, até parecia olhar para mim. Dei minha despedida, mas deixei claro de que não seria um adeus.
   O Sol aprontou mais uma de suas loucuras, mandou a sua própria criação para um reino onde a distância entre os dois fosse enorme, mas o esperto criou um jeito de conseguir chegar até ela, sua luz estaria sempre presente para ela, fosse de manhã, de tarde e até mesmo de noite, ele estaria lá em seus sonhos e ela continuaria a dançar para ele, mas agora ela dançava a dança da vida, a mais bela de todas por certo, pois era a minha dança, criada pelo Sol, mas eu era o único capaz de ensiná-la. 
 
 

Enquete

O que você achou do conto "Una favola della vita"?

Incomodou bastante. (2)
29%

Incomodou. (1)
14%

Gostei. (1)
14%

Não gostei. (1)
14%

não entendi. (1)
14%

não li. (1)
14%

Total de votos: 7

Comentários:

Nenhum comentário foi encontrado.

Novo comentário